sábado, 28 de janeiro de 2012

E aquela menina acordava quase sempre com alguma coisa no coração, algo parecido com um cisco nos olhos, algo de tamanha insignificância, mas quando se tocava, simplesmente doía. Ela compreendia quase todas as verdades, mas ainda persistia em se lembrar das antigas convicções. Sentia falta do que era,de tudo que acreditava e não compreendia como tudo de repente mudou. Não encontrava-se mais nela aquela beleza convincente,por instantes persista nela um olhar vago procurando por algo que ela ainda não sabia o que era. Talvez procurasse por certezas,ou quem sabe por out doors que falassem ao mundo tudo que ela ainda precisava acreditar.
E seu coração comprimia-se  no peito, o ar agora passava com dificuldade pelas suas narinas. Porém ela ainda respirava, não porque queria, mas porque precisava sobreviver,precisava encontrar dentro dela, toda aquela superfície plana que permitia que ela caminhasse segura e sem medo.
Então naquela noite ela fechou seus olhos e contou pra Ele, como uma criança mimada, tudo que ainda a incomodava. E então despertou, em uma linda manhã de sol. E se surpreendeu, ela havia voltado a ser quem sempre foi. Os olhos já estavam firmes e fixos ,já não mais se retraiam, ela não se comparava com nada nem ninguém, sabia de fato quem era. A mãos alinhadas ao corpo, movimentavam-se seguramente, ela não mais temia cair,ela nem se quer temia.. agora, ela caminhava por aquele lindo e verdadeiro caminho, e estava disposta a desfrutar de cada detalhe que ele pudesse oferecer. Finalmente, ela voltou a sentir toda coragem e segurança que um dia usufruiu.