segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Eu abro meus olhos todas as manhãs e me procuro no espelho. Com os dedos emaranhados ao fios de cabelos desgrenhados, encaro o meu reflexo. Somos tão parecidos! Procuro no fundo dos meus olhos a verdade sobre minhas confusas opiniões,quero saber se as minhas regras ainda continuam sendo preservadas e se não foram corrompidas.
Constantemente nos alertamos sobre os antigos pactos e das velhas promessas. Talvez porque não queremos nos render aos nossos próprios vacilos, afinal,nós não cumprimos as nossas próprias leis.
Ainda olhando para aquele reflexo,procuro ver se aquele coração ainda continua imune e forte. Se ainda preserva a antiga independência e se respeita as próprias teorias. Fecho meus olhos e suspiro. Com a cabeça baixa e os olhos já abertos,olho para a mesa onde minhas mãos se apoiam. E eu só me pergunto,"será?".
Me refugio nas suas lembranças, tão vívidas em meus ousados pensamentos,e sorrio!
Levanto meus olhos e novamente estou de frente para o espelho,confesso que não reconheço aquele reflexo. Os olhos me parecem sinceros e iluminados,o sorriso constante e verdadeiro e as mãos , reagindo tão desesperadas,porque elas não te alcançam. Respiro fundo. Saio da frente daquele "refletor de verdades".
De repente meu coração dispara, as batidas são fortes e constantes..logo compreendi,o meu ousado pensamento cogitou a possibilidade de te perder, e isso doeu !
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